Percebi, passeando pelo blog, que já faz quatro meses que não escrevo aqui. Bom, obviamente que já coloquei inúmeros sentidos dos porquês de ficar todo esse tempo sem postar nada, é claro, nenhum me convenceu! Somos campeões em arrumar desculpas e colocar a culpa no outro (leia-se esse outro como: cachorro, trabalho, estudo, sono). No entanto, esquecemos-nos de olhar para o nosso umbigo (alongamento difícil de fazer, não?!) e nos colocarmos em questão.
RESISTÊNCIA! Lá vem estes psicanalistas dizendo que tudo é resistência, eles não desistem não?! Confesso que pensei em ser sucinto em minhas palavras sobre o tema, mas achei que seria muita resistência e resolvi iniciar o parágrafo ao melhor estilo analista de Bagé, dando um joelhaço!
A questão é que adoramos nos defender do novo e tentamos ao máximo evitar as mudanças. Isso é novidade para alguém? Pois é, exemplos gerais sempre nos fazem refletir a partir de uma posição muito confortável e fora da ação, mas gostamos tanto disso! Pensamentos, Máximas, frases dentro de biscoitos, minutos de sabedoria; claro, porque não?! Reflito sobre os outros e faço a minha parte. No que mesmo?
Que tal pensarmos nas nossas resistências, aquelas que nos fazem patinar e sofrer por sei lá o quê, que vem não sei de onde! Resistências que não nos deixam voar, que nos prendem no chão como prisioneiros e merecedores da vida que temos. Você deveria agradecer a vida que tem e aprender a viver com pouco! Que frase infeliz! Agora me respondam, por que não posso ter mais? Desejar e produzir o que realmente me faz bem? Por acaso vivemos numa casta?
Ao que me consta não. É que eu respeito o cogito: resisto, logo hesito! Claro, de produzir alguma coisa que realmente possa fazer a diferença em nossas vidas.
Texto escrito em maio de 2012.