Lançamento do livro: O grande Outro em declínio e o sujeito na contemporaneidade


NOTÍCIA VEICULADA NO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA LINGUAGEM (UNISUL) SOBRE O LANÇAMENTO DO MEU PRIMEIRO LIVRO:

Na noite do dia 25 de agosto, ocorreu o lançamento do livro “O grande Outro em declínio e o sujeito na contemporaneidade”, de Vitor Werner. O evento aconteceu no auditório da Unisul, campus Dib Mussi, e contou com a participação do Prof. Dr. Maurício Maliska (UNISUL) e do Prof. Dr. Pedro Heliodoro Tavares (UFSC), que teceram comentários sobre a obra após uma breve introdução feita pelo autor ao público presente.
Fruto de sua tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem aqui da UNISUL, sob orientação do Prof. Dr. Maurício Maliska, o trabalho de Vitor Werner busca pensar o sujeito na contemporaneidade a partir da pergunta: por onde anda o Grande Outro em nossos dias? Nas palavras de Pedro Tavares “uma obra que já nasce como um grande marco no pensamento sobre a contemporaneidade, seja para observarmos a atualidade da psicanálise na compreensão das novas formas de sofrimento, seja para propor possibilidades de direção no tratamento de um sujeito sob um novo paradigma”.
A tese apresentada por Werner em 12 de julho de 2022 tinha como objetivo explicar as bases teóricas que sustentam a ideia de que estamos testemunhando o declínio do “grande Outro” nos dias de hoje. Além disso, o autor procurou examinar as possíveis consequências subjetivas desse fenômeno. Ao conectar o sujeito conforme concebido por Freud com os arranjos psicológicos característicos do sujeito contemporâneo, o pesquisador observou que, à medida que a lei simbólica e suas representações, como o Nome-do-pai, o ideal do eu e a instância fálica, deixam de comunicar a sensação de falta, uma nova forma de organização psíquica, baseada na busca pelo prazer imediato e na supressão de limites, ganha destaque na sociedade atual.
Em relação aos aspectos econômicos e sociais que definem o discurso contemporâneo, o estudioso identificou uma conexão entre o neoliberalismo e a cultura da performance, associando-os ao enfraquecimento da autoridade simbólica e ao aumento das experiências psicológicas guiadas pelo excesso de prazer.